quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

FBB e cooperativa do Distrito Federal vão beneficiar casca do coco

FBB e cooperativa do Distrito Federal vão beneficiar casca do coco


O material, que leva de 10 a 12 anos para se decompor, pode ser reciclado e usado em peças de artesanato, manta contra erosão do solo e substrato para hortaliças
Foto: Divulgação
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Todos os dias, cerca de 30 toneladas de casca são jogadas nos aterros do DF

16/02/2011 -
As cascas de coco representam cerca de 80% do entulho das praias brasileiras e geram, nas grandes cidades, um amontoado de lixo que serve de moradia para o mosquito transmissor da dengue e outras doenças. Se jogado na natureza, o produto leva de 10 a 12 anos para se decompor. Os frutos chegam ao Distrito Federal, em sua maioria, dos Estados da Bahia, Pernambuco e Paraíba e cerca de 30 toneladas de casca são jogadas por dia nos aterros sanitários, causando estragos ao meio ambiente.
Diante deste cenário, a Fundação Banco do Brasil e a Cooperativa dos Trabalhadores em Coco do Distrito Federal - Coopercoco firmarão convênio com o objetivo de promover a melhoria da qualidade de vida dos associados, por meio do processamento da casca do coco verde. O convênio garantirá a eles mais trabalho e renda, além do cuidado com o meio ambiente e da contribuição para a sustentabilidade.
José Roberto Melo Machado, presidente da Cooperativa, trabalha há mais de oito anos com coco no DF e diz que o interesse pela reciclagem da casca surgiu depois de uma visita à exposição Ciência para a Vida, realizada pela Embrapa, que mostrava uma máquina trituradora da casca; uma prensa rotativa, que retira o líquido; e uma máquina classificadora, que faz a separação entre pó e fibra. Com a matéria prima, ele explica que é possível confeccionar xaxim, peças de artesanato, manta para prevenir a erosão no solo e, ainda, um substrato para hortaliças e jardinagens. A fibra seca pode, também, diminuir a temperatura do solo e auxiliar no cultivo de frutas.
Hoje a Cooperativa possui 32 associados - entre vendedores de coco ambulantes e quiosqueiros. Com a construção do galpão e montagem das máquinas, a meta é atingir 500 associados, ligados à cadeia produtiva do coco. "O projeto vai nos garantir mais segurança no trabalho, melhor renda e ainda vamos ajudar a melhorar o meio ambiente. Estou feliz, porque seremos referência para outros vendedores", disse o presidente.
Outras parcerias também foram firmadas: com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), na oferta de cursos para os cooperados; com o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do DF - Ibram; e com Central de Cooperativas de Materiais Recicláveis do Distrito Federal (Centcoop), para que durante a coleta do material reciclável, feita pelas cooperativas, também seja feito o recolhimento e o armazenamento correto das cascas do coco e entrega para a Coopercoco. Um convênio anterior foi firmado com a Fundação BB e já garantiu a compra de máquinas e equipamentos. O novo convênio garantirá a construção de um galpão de 375 m², na Fazenda Sucupira - Riacho Fundo I, e a criação de ecos pontos para coleta de cascas de coco verde, entre outros investimentos.

Por Dalva de Oliveira
Fonte: Fundação Banco do Brasil

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